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Histórias da Meia-Noite – Machado de Assis

Título Original: Histórias da Meia-Noite
Título Nacional: Histórias da Meia-Noite
Autor: Machado de Assis
Lançamento: 1873
Direitos: Domínio Público
Formatos Disponíveis: PDF / ePub / MOBI
Nº Páginas: 171

Sinopse: Em “Histórias da Meia-Noite” de Machado de Assis, o mestre da prosa brasileira tece narrativas intricadas que exploram as complexidades da sociedade do século XIX. Essa coletânea de contos revela a genialidade de Machado ao mergulhar nas nuances psicológicas de seus personagens, abordando temas como amor, traição e intrigas sociais. Com seu estilo irônico característico, Machado de Assis nos guia por tramas envolventes, onde cada conto é uma reflexão profunda sobre a natureza humana.

Cada história em “Histórias da Meia-Noite” é uma peça magistral, destacando não apenas a maestria literária de Machado, mas também sua capacidade única de capturar a essência da alma humana. Os contos, ambientados nas noites do Rio de Janeiro do século XIX, proporcionam uma visão perspicaz das relações sociais e individuais da época. Ao explorar essa obra-prima, os leitores são conduzidos por uma viagem intrigante, imersos em enredos que transcendem o tempo e continuam a ressoar com relevância na contemporaneidade. Junte-se a nós na descoberta dessas “Histórias da Meia-Noite” e mergulhe na genialidade de Machado de Assis.

Conheça os Contos do Livro:

I – A Parasita Azul

Relata a volta do jovem Camilo a Goiás, depois de estudar medicina em Paris. De volta a Santa Luzia (atual Luziânia), sua cidade natal, disputa o amor da arredia Isabel com Leandro Soares. Este, rejeitado pela formosa donzela, jurou que ninguém mais se casaria com ela, e está disposto a matar um eventual pretendente. Mas Camilo, embora seja um “melhor partido”, sofre a mesma rejeição por parte da moça, mesmo depois que descobre que foi ele o menino que, anos atrás, colheu para Isabel uma “linda parasita azul, entre os galhos de uma árvore”, que ela guarda, já seca, com carinho. A temperamental moça só concorda em desposá-lo depois que ele lhe dá um susto, simulando uma tentativa de suicídio.

TRECHO: Paris e a princesa, tudo havia desaparecido do coração e da memória do rapaz. Um só ente, um lugar único mereciam agora as suas atenções: Isabel e Goiás.

II – As Bodas de Luís Duarte

Descreve uma história ocorrida em apenas um dia, justamente o dia do casamento de Luís Duarte com Carlota Lemos, no qual há uma cerimônia a que familiares e amigos das duas famílias comparecem. O personagem mais relevante é o Tenente Porfírio, que com sua retórica um tanto quanto exagerada, mas apreciada, é considerado um homem imprescindível para qualquer cerimônia da região. Num período em que Machado produzia romances inseridos no espírito romântico, nesta “sátira aos ritos pequeno-burgueses” dá um primeiro passo na direção ao realismo literário, ao descrever nos mínimos detalhes, quase em tempo real (sem saltos temporais), com forte carga de ironia.

TRECHO COM FORTE CARGA IRÔNICA DESCREVENDO O DR. VALENÇA: O abdômen é a expressão mais positiva da gravidade humana; um homem magro tem necessariamente os movimentos rápidos; ao passo que para ser completamente grave precisa ter os movimentos tardos e medidos. Um homem verdadeiramente grave não pode gastar menos de dois minutos em tirar o lenço e assoar-se. O Dr. Valença gastava três quando estava com defluxo e quatro no estado normal. Era um homem gravíssimo.

III – Ernesto de Tal

Ernesto é apaixonado por Rosina, que finge mutualidade no sentimento, caso ela não consiga encontrar um marido mais alto na sociedade. Rosina, quando Ernesto fica duvidoso sobre suas intenções e a confronta, inventa desculpas por qualquer que seja a atitude de que ele (corretamente) suspeita, de forma que ele se sinta culpado pelo mal-estar que “ele” causou. Rosina decide casar-se com um “rapaz de nariz comprido” ainda mantendo Ernesto como plano B, mas este descobre sobre o casamento. Ernesto confronta o rapaz de nariz comprido, e após uma briga se unem contra Rosina: Ambos mandam a mesma carta anunciando a descoberta do plano dela e o término de suas relações. Os dois se tornam amigos. Rosina, pensando ter perdido o rapaz de nariz comprido de vez, apela a Ernesto e o convence a se casar com ela, ameaçando até suicídio caso ele não satisfaça essa paixão.

TRECHO: Veja o leitor aquela moça que ali está, sentada num sofá, entre duas damas da mesma idade, conversando baixinho com elas, e requebrando de quando em quando os olhos. É Rosina. Os olhos de Rosina não enganam ninguém exceto os namorados. Os olhos dela são espertinhos e caçadores, e com um certo movimento que ela lhes dá, ficam ainda mais caçadores e espertinhos.

IV – Aurora Sem Dia

Descreve a trajetória de Tinoco, funcionário de um fórum que decide virar poeta. Porém, seus poemas são superficiais, começam a se transformar em discursos, e Tinoco resolve seguir carreira política. Em seguida, desiste da política e dedica-se à agricultura. É uma crítica à vaidade de artistas medíocres e à falta de seriedade na política.

TRECHO: Os jornais andavam cheios de produções suas, umas tristes, outras alegres, não daquela tristeza nem daquela alegria que vem diretamente do coração, mas de uma tristeza que fazia sorrir, e de uma alegria que fazia bocejar.

V – O Relógio de Ouro

Luís Negreiros encontra em casa um relógio que nunca vira antes. Questiona sua esposa, Clarinha, sobre o relógio, mas não recebe resposta. Ele se irrita e a agride, mas ainda assim nada ela responde. É implícito que Luís em pensamento a acusa de adultério. Seu sogro, Sr. Meireles, está em casa para jantar. Ele lembra Luís de seu aniversário no dia seguinte, e percebe a indiferença da filha. Meireles vai para casa avisando que não voltará mais se seja o que for que estiver acontecendo entre o casal não for resolvido. Luís pede desculpas a Clarinha, entendendo agora que o relógio era um presente. Mas ela intervém e mostra uma carta endereçada ao escritório de Luís, mas redirecionada para casa pois ele saiu antes que pudesse ser entregue. A carta, para “meu nhonhô” e assinada por “tua Iaiá”, informa o envio do presente.

TRECHO: Luís Negreiros tinha muita razão em ficar boquiaberto quando viu o relógio em casa, um relógio que não era dele, nem podia ser de sua mulher. Seria ilusão dos seus olhos? Não era; o relógio ali estava sobre uma mesa da alcova, a olhar para ele, talvez tão espantado como ele, do lugar e da situação.

VI – Ponto de Vista

Uma série de cartas entre D. Luísa, D. Raquel, e Dr. Alberto. Entre assuntos cotidianos, Raquel conta para Luísa sobre o casamento de Mariquinhas com o pai de Alberto. Raquel se mostra incomodada com a situação, devido à velhice do pai de Alberto. Já o próprio Alberto, embora de boa aparência, é um pobre de espírito. Luísa insinua que a insistência no assunto reflete o interesse amoroso por parte de Raquel, que nega. Com o decorrer das cartas, Raquel revela estar apaixonada e que vai casar-se, mas sem revelar a identidade do noivo para Luísa. Quando Raquel finalmente revela o nome, o conto termina com uma carta em branco de Luísa.

TRECHO: O coração é um mar, sujeito à influência da lua e dos ventos.

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